quarta-feira, abril 6

Será que eu voltei?

Leiam o texto acima, e não esperem sair o filme porque não sairá!
Que fique bem claro que eu não concordo com tudo que o autor fala nesse texto, mas uma coisa me chamou bastante atenção, tem uma parte que ele se refere ao perfil estereotípico do sertanejo universitário (lembrando que estereótipo por ser uma forma de generalização nem sempre é bem vinda) e lendo aquilo me veio algumas reflexões que eu gostaria de compartilhar. Será que eu não curto esse gênero musical por causa da minha condição financeira, em que, no momento universitário da minha vida, não tive a oportunidade de ter meus estudos, de certa forma, custeados pelo papai, e sendo assim, não passei várias noites em baladas acordei de ressaca e "tinha prova pra fazer". Ou seja, não senti no eu-lírico da música nenhuma semelhança com meu cotidiano e assim não consegui adotar esse estilo musical. Ou foi apenas fruto de uma educação bastante voltada à valorização dos estudos de forma a buscar, inclusive na música, crescimento cultural e ideológico para minha vida e das pessoas ao meu redor (descartei essa possibilidade pelo fato de conhecer pessoas que gostam desse gênero e valorizam seus estudos). Ou foi baseado na minha educação religiosa que sempre prezou a fortificação de conceitos como família, prazeres de longa duração em detrimento de prazeres momentâneos (bebida e sexo) e até mesmo o aprendizado de instrumentos voltados à musica religiosa que sempre possuem riqueza em suas letras e significados. Enfim, o que será que me levou a não gostar de maneira nenhuma desse tipo de música? A até ser preconceituoso em alguns momentos (não estou criticando quem ouve tá, so estou refletindo), não consigo achar respostas concisas, enquanto isso, deixa eu voltar a estudar violino! Um abraço a todos
#naosejamoshedonistas